Menino do trator

Menino do trator

Menino do trator

Desta vez o testemunho vem de encontro às angustias de muitos pais que chegam para primeira consulta: quer seja, já sofreram por antecipação com as suspeitas de que algo estava “estranho” com seu filho...

 

Testemunho da mãe do antonio

Assiti uma entrevista proferida pela Dra. Maria Sonia e sua equipe do Neuro Play Brasil junto a RDCTV e escutei a Consultora Celina falar que existe marco no desenvolvimento da linguagem. Pensei, naquele mesmo minuto, que existe um marco, não só no desenvolvimento da linguagem, como também na minha vida.

Ir até o consultório da Dra. Maria Sonia e da Consultora Celina foi um verdadeiro marco na minha vida, porque, com elas, aprendi a deixar de pensar em “picuinhas” e desfrutar de todos os momentos que a vida propicia, com muitas brincadeiras lúdicas, junto a minha família.

Com isso, evolui como ser humano e posso dizer que tanto a Dra. Maria Sonia quanto a Consultora Celina são minhas Mestras, na qual agradeço a Deus, em todas minhas Orações, por ter me conferido a oportunidade de conhecer e conviver.

Foi, com esse propósito, então, que entramos para o Neuro Play Brasil.

Entrei com muita motivação, disposta a aprender e a executar toda a lição. Costumava, ainda nos primeiros relatórios recebidos, fazer um resumo de todas as técnicas a serem praticadas no mês. Deixava o resumo numa gaveta e de pouco em pouco tempo tinha o hábito de ler, para ver se estava aplicando corretamente, não me esquecendo de alguma coisa que poderia ser importante. Agora, como dito pela Consultora Celina, em nossa primeira visita, as técnicas tornaram-se mais perceptíveis de aplicação, já não havendo necessidade de fazer tais resumos.

Percebi, logo no início, que o resultado do método de capacitação de pais, PlayProject, advém de três requisitos:

- querer entender,

- entender, e, por fim,

- aplicar.

Foram tantas as conquistas que é quase impossível relatar todas. Tentarei, abaixo, citar aquelas mais importantes.

Primeira: Logo no primeiro mês de Neuro Play Brasil, a Consultora Celina nos orientou a fazer atividades com fatos que costumam acontecer no dia a dia. Pois bem, comprei um pequeno vaso sanitário, destes que cabe na mão, e, num dia, pela parte da manhã, abri o círculo, fazendo com que o meu bonequinho fosse ao banheiro. O Antonio, no mesmo instante, fechou esse círculo, fazendo com que o bonequinho dele também fosse ao banheiro. Depois, ele abriu o círculo e eu o encerrei.

Fiz isso sem pensar em desfraldar, afinal de contas estávamos no inverno e era frio para o desfralde. Estava esperando o período das férias escolares para desfraldá-lo. Só que eu não imaginava que ele, neste mesmo dia, pela parte da tarde, depois que o havíamos deixado na escola, fosse pedir para a professora para fazer xixi no banheiro. Fiquei surpresa quando recebi a notícia. No dia seguinte, a professora nos disse que ele pediu novamente para fazer xixi no banheiro e que, a partir daí, poderíamos passar a levá-lo sem fraldas. Como começou a acordar de manhã e pedir para fazer xixi, as fraldas foram tiradas, também, no período da noite e o sucesso foi absoluto. Do dia para a noite, em forma de brincadeiras de fatos que ocorrem no dia a dia, foi realizado o desfralde. Não é o máximo?

Neste momento, percebi que bastava, para tudo que quisesse ensinar a ele (como, por exemplo, atravessar a rua, ser examinado pelo médico, ser examinado pelo dentista, etc), abrir um círculo em forma de brincadeira que, se fosse fechado, o sucesso seria inquestionável. Entendi, também, ao longo de nossa trajetória, por meio dos ensinamentos da Consultora Celina, que se o círculo não fosse fechado, seria apenas uma questão de tempo e persistência, porque haveria um momento no qual seria encerrado.

Segunda: Fomos à Consultora Celina e ela nos orientou a introduzir brincadeiras com super-heróis. Comecei a brincar com super-heróis, só que o Antonio não gostou da maneira como propus a brincadeira. Foi, então, que seu pai construiu uma escola com blocos de montar, fazendo de conta que o Coringa iria pegar os brinquedos da escola e que o Batman não poderia permitir. Ele amou a brincadeira proposta pelo pai dele. Quero com isso dizer que é tão gratificante ver o trabalho realizado entre pai e mãe conjuntamente, já que um pode dar suporte ao outro para o êxito da abertura e do encerramento dos círculos propostos.

Terceira: Compramos um microfone de brinquedo e, numa manhã de sábado, fomos brincar de entrevistar e ser entrevistado. Foi quando verificamos que ele não sabia responder “quando”, “como”, “qual” e “porque”. No mesmo dia, logo após o almoço, recebemos o relatório do Neuro Play, enviado pela Consultora Celina, que dizia o seguinte: ... dessa forma, ele aprenderá o significado de “quando”, “como”, qual” e “porque”. Lembro que, naquele momento, começamos a rir, porque os relatórios mostram um verdadeiro “raio x” dos níveis de desenvolvimento da criança. É como se fosse um “xerox” daquilo que, naquele mês, está se passando em casa.

Quarta: Fomos a Consultora Celina e ela constatou que o Antonio respondia “então ta”, em vez de dizer “sim”. Disse-nos, naquele dia, que ele estava imitando alguém. Pois bem, fomos analisar qual pessoa ele estava imitando e era eu mesma. Eu respondo em vez de “sim”, “então ta”.

Nem nós mesmos havíamos percebido que eu falava “então ta”, em vez de “sim”. Ficamos tão impressionados que não conseguíamos entender como que a Consultora Celina em uma hora de Neuro Play consegue captar, por completo, todo o funcionamento da casa.

Quinta: O Antonio teve que ficar mais ou menos 10 dias sem ir à escola e esse é um ponto muito importante a ser falado do Neuro Play, já que somos nós, pai e mãe, treinados. O Neuro Play não se encerra nas férias escolares, nos finais de semana, nos feriados ou nos dias em que nossos filhos não vão à escola. Pelo contrário, o Neuro Play continua, porque nós, pais, ficamos com eles por mais tempo.

Resultado: nesses dez dias que o Antonio não foi à escola, ele aprendeu a dizer “eu quero”, “eu gosto”, “é meu esse tênis”, “eu sou o Antonio”. Não é o máximo?

Dentre as diferentes realizações, estas foram as que mais marcaram.

Ao todo, são dez encontros com a Consultora Celina, sendo que já realizamos oito deles. Só que estamos tão engajados com o Neuro Play que pedimos à Dra Maria Sonia para continuarmos por mais um tempo.

É tão prazeroso ir à Celina, Consultora, para cada novo vídeo (por sermos do interior, vamos até Porto Alegre). Vamos, nós três, como se fossemos a uma festa. Temos, inclusive, que nos controlar no horário, para não chegar com muita antecedência da hora marcada.

Agradeço ao Dr. Solomon por cada minuto dedicado a criação do PlayProject para capacitar pais, possibilitando novas conquistas e novos aprendizados a diversas famílias.

Agradeço a Dra. Maria Sonia por ter trazido o PlayProject ao Brasil, permitindo com que nós, brasileiros, tenhamos acesso a essa metodologia através do Neuro Play Brasil.

Agradeço a Consultora Celina por todo carinho, atenção e dedicação depositado em nossa família, permitindo com que nossa jornada, de Neuro Play Brasil, se tornasse mais que especial.

Digo, por fim, que este período, de Neuro Play Brasil, trouxe (e está trazendo) muita felicidade e alegria em minha vida.

Seguiremos com a metodologia.

 

Mãe do Antonio

20/09/2019

 

Testemunho do pai do antonio

Dentre os acertos da história do ocidente, o caráter humanístico e a preponderância da família como unidade a ser preservada estão no cerne de nossas maiores vitórias. O homem é um ser social, é da sua natureza a convivência recíproca, sendo que em qualquer sociedade o sentimento mútuo é importante; porém nenhuma outra civilização soube aproveitar tão bem as potencialidades do afeto entre as pessoas. 

Passados oito encontros do NeuroPlayBrasil, tenho para mim, que está exatamente aqui o sucesso do método de treinamento de pais, podendo ser sintetizado naquilo em que nossas vovós e vovôs sabiam bem: se a família estiver coesa e unida fica mais fácil atravessar  as dificuldades. Poder entender e participar do tratamento fortalece os laços de apego familiar. 

Somos do interior gaúcho, sendo que a atividade agrícola é tradição na família. Não é de estranhar que o Antonio fosse aficionado por trator. Ele possui dificuldade na expressão da linguagem e fala. Quando era questionado sobre qualquer assunto, respondia com a palavra que lhe trazia segurança e conforto: “trator”. Qual o seu nome?, Trator; Onde tu estuda?, Trator; Qual a tua idade?, Trator. 

Todavia, o “trator”, que poderia indicar no futuro, se não mudássemos nossa maneira de agir, uma zona de conforto, passou a ser o ponto de partida de nossa surpreendente aventura. Afinal, “Quando fazemos o que a Criança Ama, ela amará estar conosco” (Solomon).

Ao lado do trator, passamos a introduzir as demais máquinas agrícolas, a grade aradora, a plantadeira, a colheitadeira, o pulverizador, o reboque, o graneleiro e o caminhão. Com isso, começamos a brincar com a seqüência de uma lavoura: a preparação da terra, o plantio, o nascimento, a pulverização, a colheita, o transporte e a armazenagem no silo. O que o Antonio via na granja, reproduzíamos na brincadeira.         

Não nos limitamos a brincar, o estimulamos a desenhar a atividade agrícola. Inicialmente, desenhava um trator ou uma grade; hoje, faz desenhos seqüenciados de forma a contar uma história com início e fim. 

Paulatinamente, introduzimos também as pessoas que trabalham na lavoura: o tratorista, o borracheiro, o mecânico e o caminhoneiro. Lindo ver ele com a sua maleta de ferramentas de brinquedo, imaginando o concerto de uma máquina estragada. 

Com as pessoas introduzidas, passamos a trabalhar as emoções: o tratorista está triste, o caminhoneiro está feliz. Hoje, o Antonio já possui abstração para compreender a função do Agrônomo, foi impressionante vê-lo sentado fingir digitar no computador um projeto de lavoura de trigo e, após, ir entregar uma folha de papel para a sua mãe.

Aumentada a sua compreensão e entendimento, o Antonio descobriu outras preferências, a pista de corrida, a bicicleta, o trem, a patrulha canina, o boi, a vaca, o cavalo, etc. Cada nova experiência que tínhamos era acrescentada as brincadeiras: Íamos a uma pizzaria que ele gostava em Porto Alegre, passamos a brincar que estávamos indo até lá. Viajamos de avião, passamos a brincar disso também.  

Paulatinamente, o Antonio foi adquirindo mais entendimento, passando a ter cada vez mais capacidade de compreender informações complexas e expressar seu pensamento. 

Rememorando o início de nossos encontros, parece ter sido fácil nossa caminhada, não foi. Foi regada com muito comprometimento. No entanto, é notável o fortalecimento dos laços familiares em torno do Antonio e o quanto isso beneficia a todos nós. Só temos a agradecer ao NeuroPlayBrasil, ao Dr. Solomon, a Dra. Maria Sonia e a consultora Celina. 

O Antonio ama estar conosco e, este amor, renderá fartas colheitas no futuro.    

Pai do Antonio

20/09/2019

 

Depoimento da Consultant

Lembro-me do nosso primeiro encontro como se fosse ontem, quando os pais do Antônio chegaram para a primeira visita do PLAY PROJECT, trazendo com eles a certeza de que queriam ser protagonistas no desenvolvimento do filho.

A cada relatório fomos conversando sobre os níveis de desenvolvimento funcionais e como poderíamos promover a atenção compartilhada e o engajamento. É uma alegria ver como a cada chegada deles, Antônio vem nos mostrando como os níveis estão sendo trilhados.

Por ser tratar de uma capacitação para pais, na medida em que os pais do Antônio estão se apropriando das orientações e colocando-as em prática, vemos o quanto eles estão engajados ao programa mostrando-nos como é fundamental a intervenção através da família de modo lúdico e FUN.

Sou grata à família do Antônio pela confiança ao programa e por me mostrar a cada dia o quanto é importante e fundamental a intervenção baseada no relacionamento.

Celina Loureiro