neuroPLAYbrasil - PLAYproject

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NOS EUA

Dr. Richard Solomon é o Criador do PLAY (Play and Language for Autistic Youngers); ele é Pediatra do desenvolvimento. Possui mais de 25 anos de experiência trabalhando com milhares de crianças autistas e suas famílias. Sua clínica privada se situa na cidade de Ann Arbor – Michigan (EUA). Segundo Dr. Rick (como gosta de ser chamado), essa idéia nasceu da experiência realizada durante seu fellowship em “desenvolvimento e comportamento em pediatria” aonde teve a oportunidade de trabalhar com Stanley Greenspan, MD e seu modelo DIR-floortime. Nesta época, Dr. Solomon estudou profundamente este método e quando foi para Pittsburg trabalhar como médico diretor em Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento,  teve a oportunidade de aplicar o modelo DIR-floortime em crianças com o diagnóstico de autismo.

Mas foi em meados do ano 2000, quando Dr. Solomon retorna para Michigan, empolgado em poder aplicar seus novos conhecimentos para as crianças e suas famílias, que descobre não haver cobertura por planos de saúde para metodologias de orientação intensiva semanal (nos EUA cada estado tem sua legislação para atendimentos de planos de saúde). Sendo assim, muito preocupado em prover algum tipo de serviço intensivo para essas famílias ( “Todos os pais querem ter uma relação e conexão melhor com seu filho(a)”-Solomon, 2016) ele redesenhou o PLAY project em um programa de consultas domiciliares onde os pais seriam ensinados por profissionais (consultores). Para mais detalhes do material e método empregado em sua pesquisa sugerimos a leitura de seu artigo publicado em 2014 Solomon, Richard, et al. "PLAY Project Home Consultation intervention program for young children with autism spectrum disorders: a randomized controlled trial." Journal of Developmental and Behavioral Pediatrics 35.8 (2014): 475.

 

NO BRASIL

Maria Sonia Goergen, MD, neuropediatra, sediada em Porto Alegre, teve oportunidades de vivenciar em sua formação, diferentes enfoques no cuidado e atenção à criança com transtornos neurodesenvolvimentais - desde sua especialização em neuropediatria na Inglaterra, suas escolhas por afinidades em equipes interdisciplinares através de consiliência entre diferentes áreas afins, incluindo a sociedade de neuropsicanalise que há 20 anos integra como sócia fundadora (www.neuropsa.org), e em 2018 reconhecida como neuropsicanalista clinica pela sociedade.Em suas buscas por atendimento de crianças com TEA, conhecendo, e participando, e tendo feito a formação na metodologia P.L.A.Y. (desde 2010), teve o privilegio de assistir a emergência do Projeto P.L.A.Y. bem antes de sua publicação.

Dr. Solomon não apenas reconheceu o entusiasmo e dedicação da consultant e supervisora em P.L.A.Y., Maria Sonia, como permanece parceiro na construção da equipe do neuroplaybrasil que preza pela fidelidade ao modelo criado por ele.

 

COLABORADORES DO NEUROPLAYBRASIL

Maria Sonia Goergen, MD, procurou cercar-se de pessoas experts e entusiastas em neurodesenvolvimento, atuantes em áreas afins, para comporem o board brasileiro da metodologia neuro-desenvolvimental P.L.A.Y.

Os primeiros consultores, resultado da primeira vinda do DR Rick a Porto Alegre, Brasil, foram cuidadosamente selecionados por ela. Queriamos profissionais que pudessem agregar conhecimento e crítica, pois sendo cada criança um ser com capacidades mesmo que com deficits lacunares, precisavamos ter no Neuroplaybrasil profissionais com conhecimentos consistentes  básicos essenciais, quer seja, neurodesenvolvimento, e  acima de tudo, pessoas, com desejo de continuar aprendendo, alem de somar conhecimentos de suas areas de capacitação profissional específica.  Para tal, aceitaram o desafio: as profissionais Katia Scherer Beidaki, terapeuta ocupacional, Eriane Armani Zingano Wainstein,psicóloga,e,Celina Gutierrez Loureiro, fonoaudióloga. Além da longa caminhada para aprenderem a ter como norte o manual de fidelidade P.L.A.Y.,  aceitaram prosseguir e foram capacitadas para serem supervisoras junto com Maria Sonia Goergen e nos dias atuais, alem disso, são colaboradoras.

Ja temos uma historia com apresentação de nosso trabalho em congressos e no re-treat do P.L.A.Y. project. Prosseguir implantando mais capacitaçōes de profissionais que preencham os quisitos da consiliência, no modêlo metodológico nao tem sido tarefa facil. Somos responsáveis em capacitar pais, mas precisamos aumentar o numero de consultores. Infelizmente a pandemia, COVID19, mudou a tragetória das viagens internacionais do Prof Solomon. Dessa forma, concluimos com sua presença em Porto Alegre e o PLAYproject atualmente é todo on-line www.playproject.org . Conseguimos concluir, na forma presencial, os seguintes profissionais:  o musicoterapeuta e PhD Andre Brandalise Matos, a psicóloga Sandra Volcan, O Prof PhD em Ciencias Sociais Cristiano G. Portner e a psicóloga Ana Beatriz Reis.

Nos orgulhamos de ter trazido essa metodologia para capacitar pais, ao Brasil. Até a menos de uma década isso parecia pouco viável nos EUA. Hoje ja temos dados confirmados em pesquisa sobre a mudança do perfil das familias e de suas criancas, com as metodologias de trenamento de pais.  Quando falamos em familias sempre precisamos ter muito claro que nosso papel nao é de profissionais da saude apenas, nosso papel vai alem: 'NÓS CUIDAMOS DE QUEM CUIDA". E quando isso ocorre, precisamos ter um protocolo a seguir, nao há achismos, experiências pessoais, ou disputas de melhores metodologias.CUIDAR DE QUEM CUIDA significa adaptar o melhor que podemos dentro da dinâmica de cada familia. E isso por uma razao muito simples e muito justificada: o TEA é um quadro de TRANSTORNO NO NEURODESENVOLVIMENTO, onde a etiologia é diversa, Dentro desse leque de apresentaçōes clinicas temos transtornos que MIMETIZAM O TEA; temos sindromes, temos transtornos da area da linguagem e do vinculo; assim como temos quadros de diagnóstico diferencial e de comorbidades especificos como de Ansiedade de separacao- individuacao  e de vínculo  bem como especificos de linguagem, e da  coordenacao motora (conhecido como dispraxias )bem como de outros sindromes, que tem lacunas no alicerce neurodesenvolvimental onde os transtornos no aporte sensorial por si só podem gerar lacunas impeditivas para o processamento motor. Enfim, percebemos que, quando há um reducionismo no diagnóstico precipitado de uma criança com  lacunas no neurodesenvolvimento;  há que se ter a intervencao precoce nas areas especificas, até mesmo  para que os pais possam se sentir capacitados para questionar a sobrecarga de atividades sugerida nos atendimentos, de metodologias cognitivo-comportamentais; pois afinal, a otimização e adequacidade na interação com a criança fornecerão as ferramentas necessarias para a criança crescer, pavimentando sua tragetoria com  satisfação, engajamento, interação  permitindo a emergencia do seu potencial criativo e individuado.

A intervenção do PLAY utilizada no neuroPLAYbrasil, em crianças com Transtornos Neurodesenvolvimentais de etiologias diversas,, é o primeiro modelo de treinamento para pais baseado no desenvolvimento, com resultados de pesquisa que mostram melhoras na sintomatologia, sem impor inibições top down precedendo o preenchimento bottom up  nos niveis de desenvolvimento funcional. A concomitância de atendimentos especificos nas areas defazadas, desde que trabalhado em equipe, que inclui os pais, e nao sobrecarregue a criança tem sido bem tolerada pela criança.

 

Compatibilidade: essa metodologia auxilia os pais, no entendimento da função dos terapeutas, na reabilitação das funções não alcançadas espontaneamente, tornando-os parceiros nos atendimentos e mais habilitados para formarem parceria com os terapeutas especificos que a crianca possa vir a necessitar. Afinal o objetivo é único: auxiliar o crescimento neurodesenvolvimental num relacionamento interativo de trocas e aquisições constantes! 

 

 

Botton up/top down

Princípio neuro-desenvolvimental seguido pelo neuroplaybrasil; a partir de Jaak Panksepp.

Stanley Greenspan utilizou os Niveis de Desenvolvimento Funcional e  Rick Solomon, seu fellow, o seguiu.

No neuroplaybrasil, tanto no entendimento quanto no cuidado e orientação aos pais, seguimos esse principio do neurodesenvolvimento. O emergir funcional, e a sua complexização sofrem facilitações (bottom up) e inibições (top down ). Quando há lacunas estas devem ser identificadas e preenchidas.

A interação com a criança inicia a partir da área de interesse demonstrada pela crianca; o lúdico-interativo nos circulos de comunicação, criam o substrato para a linguagem, a comunicacao, o "pensar seu proprio pensamento"; a construcao do conhecimento, permite a representação cortical do seu aprendizado de forma integrada com seu sensorio-motor, e sua linguagem corporal, compreensiva, e expressiva e assim seu cognitivo & afetivo se amplia, lhe permitindo ter uma identidade única/sui-generis.